Foi realizado nesta quarta-feira (13/3) no fórum da comarca de Coronel Vivida, o primeiro júri de 2019.

Foi levado a julgamento, Guiomar Buenos dos Santos, de 48 anos de idade, acusado de AMEAÇA, VIAS DE FATO, LESÃO CORPORAL, E TENTATIVA DE FEMINICIDIO.

Segundo denúncia do ministério público, na noite do dia 17 de junho de 2018, Guiomar, embriagado e bastante alterado provocou grande confusão na casa de dona Eva Almeida Vaz, com quem mantinha um relacionamento amoroso há aproximadamente quatro meses.

Conforme a acusação, Guiomar começou uma discussão com dona Eva, na casa dela, e, em seguida agrediu o neto dela, uma criança de nove (9) anos de idade, jogando-a contra uma estante; em ato continuo pegou dona Eva pelo pescoço (ela foi defender o neto) e ameaçou esfaqueá-la; ouvindo barulhos e gritos na casa de dona Eva, Claudinei, sogro dela e pai da criança, e que mora na casa ao lado, correu para ver o que estava acontecendo e encontrou Guiomar com uma faca nas mãos e ameaçando Eva; Então, com a presença de Claudinei no local, Guiomar largou a namorada e partiu para cima do genro dela, tentando esfaqueá-lo, mas foi dominado por Claudinei que lhe tomou a faca, mas mesmo assim teve a mão cortada. Por isto tudo, então, o ministério público o denunciou por: AMEAÇA, VIAS DE FOTO, LESÃO CORPORAL e TENTATIVA DE FEMICIDIO.

Entretanto, a defesa de Guiomar, feita pelos advogados Leandro Graff e Caroline Gomes de Carvalho, contestou todas as alegações feitas pelo promotor Bruno Henrique.

O advogado Leandro Graff, chegou até a sugerir que quem deveria estar sentado no banco dos réus era Claudinei, genro de Eva, e não Guiomar.

Alegou o advogado que foi Claudinei quem chamou a policia, e geralmente quem chama a autoridade policial, posa de vitima. Mas, quem estava desmaiado de tanto apanhar era Guiomar, que segundo Graff estava com o rosto deformado pelas pancadas que sofreu: nariz quebrado e grande hematoma em um dos olhos, fios de costela quebrados, além de outros ferimentos, resultado do espancamento do qual foi vitima. A situação dele era tão critica que o SAMU foi acionado pela policia militar para transportá-lo a UPA, onde recebeu atendimento médico, completou a defesa.

Ao final, os sete (7) jurados (quatro homens e três mulheres) acataram a tese da defesa e Guiomar que estava preso desde a época dos fatos, foi posto em liberdade.

Guiomar foi absolvido das acusações de AMEAÇA, LESÃO CORPORAL E TENTATIVA DE FEMINICIDIO. A única condenação que recebeu foi pelas VIAS DE FATO. Mas como isso lhe renderia vinte (20) dias de prisão e ele já estava preso há mais de oito (8) meses, o juiz de direito que presidiu o julgamento, doutor Gregório Bezerra Guerra, concedeu liberdade imediata a Guiomar.

Fonte: Adelino Guimarães
Fotos: Adelino Guimarães