OPERAÇÃO FOI DESENVOLVIDA PARA APURAR IRREGULARIDADES NA ADMINISTRAÇÃO DE HONÓRIO SERPA, NA ADMINISTRAÇÃO DE 2013 A 2016

Pelo menos quatro agentes do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) estiveram em dois locais na manhã desta terça-feira (18/4) em Coronel Vivida.

Em Honório Serpa, os agentes estavam desde segunda-feira a noite (17/4) cumprindo mandados de busca e apreensão. Os agentes estiveram em pelo menos duas residências, e depois estiveram no fórum onde permaneceram por cerca de meia hora.

A operação teria se estendido as cidades de Pato Branco, Bom Sucesso do Sul e Catanduvas.

A Operação batizada de ALLAGE – do grego “troca” “câmbio”, cumpriu vários mandados de busca e apreensão em Honório Serpa, Coronel Vivida, Catanduvas, Bom Sucesso do Sul, Pato Branco e Francisco Beltrão, onde foram apreendidos documentos, uma arma e munição. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

Segundo o Ministério Público Estadual (MP-PR), as investigações contaram com a colaboração premiada de um empresário. As fraudes envolvem obras de infraestrutura e a construção de um ginásio de esportes, que não chegou a sair do papel.

Os investigados devem responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, fraude em licitações, organização criminosa e falsidade ideológica.

Em uma entrevista a repórter Michelli Arenza, da RPC/TV, o promotor do GAECO em Francisco Beltrão, Roberto Tognon, revelou detalhes do que são acusados o ex-prefeito de Honório Serpa e alguns de seus assessores na gestão 2013 a 2016, quando há denúncias de pedidos de propinas na realização de licitações fraudulentas de obras, sendo que algumas nem saíram do papel até hoje. “A obra do novo ginásio de esportes de Honório Serpa é um exemplo; houve a licitação para contratação do projeto, o projeto foi feito, mas a obra por problemas burocráticos não saiu do papel. Porém, mesmo sem a obra, pagou-se R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) para uma empreiteira”, informa o promotor.

Ainda conforme o promotor, as investigações começaram a partir de uma delação premiada de um empresário que participava das licitações, que revelou durante uma série de depoimentos prestados à justiça que a prática empregada na obra do ginásio, foi repetida em inúmeras outras licitações, como por exemplo, as obras de revitalização da Avenida XVI de Novembro, e de infraestrutura em bairros.

“Temos provas documentais e testemunhais, bem como por filmagens que corroboram a deleção premiada do empresário ouvido pela justiça”, acrescentou Tognon.

Foram presos: Edevaldo Philippsen, ex-secretário de finanças da prefeitura de Honório Serpa; Emanuel Aron dos Santos, que coordenava o departamento de licitações; Luiz Carlos Maciel de Vargas, diretor do setor de engenharia; e Rafael Telpisov, ex-secretário de administração em Honório Serpa, e que atualmente trabalha junto ao CONIMS – Consórcio Intermunicipal de Saúde, cuja presidente até 2016 foi Rogério Benin. Aliás, ex-prefeito de Honório Serpa, ainda não foi encontrado pelo GAECO.

 

 

Fonte: Adelino Guimarãescom GAECO
Fotos: Érico Ferreira