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Dois adolescentes que eram feitos reféns há quase 30 horas foram libertados pela polícia por volta das 18h30 desta terça-feira (3), em Cafelândia, no oeste do Paraná. Ninguém se feriu.

Segundo a Polícia Militar (PM), o padastro não explicou o motivo do cárcere privado. Nas tentativas de negociações da polícia, ele disse que não queria nada em troca e que não iria se render. A maior parte da negociação aconteceu pela janela da casa.

De acordo com as irmãs do homem, ele tem 39 anos e é padrasto do menino, de 12, e da garota, de 14. Ele tem uma filha de dez anos com a mãe dos adolescentes e convive na casa com eles há cerca de dez anos. A criança e a mulher não estavam na casa. O pai da adolescente mora em Goioerê, no centro-oeste do estado, e estava no local acompanhando as negociações.

As ruas ao redor da casa foram isoladas pela polícia, e mais de 40 polícias foram chamados para reforçar a segurança e dar apoio a operação. O suspeito estava desde o começo da tarde de segunda-feira com uma faca, conforme a Polícia Militar (PM). Ele amarrou os adolescentes, e as negociações começaram por volta das 15h.

Um grupo de quatro negociadores do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), de Curitiba, auxiliaram na libertação dos adolescentes. Depois de receber atendimentos médicos, o suspeito vai ser encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Nova Aurora, no oeste do estado. A mãe dos adolescentes tinha dormido na casa dos patrões, onde trabalha como diarista. O tio dos adolescentes sentiu a falta do menino, de 12 anos, que ajuda na chapeação da família.

Ao chegarem na casa, o padastro disse que não deixaria os enteados saírem. Enquanto estavam dentro da casa, eles não tinham acesso ao celular, nem a televisão.

PROBLEMAS COM DROGAS

A irmã do suspeito contou que ele teve problemas com o uso de álcool e drogas, mas que passou por um tratamento em 2018. De acordo com ela, o homem tem um bom relacionamento com os enteados.

A assistência social de Cafelândia informou que ele ficou 45 dias internado em Londrina, na região norte do Paraná, e depois foi para uma chácara de recuperação em Campo Mourão, também no centro-oeste.

Ao todo, o tratamento durou nove meses, e ele saiu em janeiro deste ano. Desde então, são feitos acompanhamentos mensais. Foi informado que o homem estava bem e que não havia alterações no quadro dele. Segundo a família, ele trabalhava em uma empresa de construção civil, em Cafelândia.

 

SEQUESTRADOR ESTÁ SEDADO NO PRONTO ATENDIMENTO MUNICIPAL DE CAFELÂNDIA

O homem de 39 anos que manteve os enteados em cárcere privado por mais de 30 horas está sedado no PAM (Pronto Atendimento Municipal) em Cafelândia, nesta terça-feira (3).

Segundo informações, ele recebeu um sedativo que deve durar cerca de seis horas. Os adolescentes, um menino de 12 anos e uma menina de 14 anos, também estão no PAM.

Uma equipe da Polícia Civil faz a guarda do sequestrador que após ser liberado pelo hospital será encaminhado a Nova Aurora.

A equipe do hospital informou que ambos os adolescentes chegaram fisicamente bem ao hospital. Apenas o menino de 12 anos tinha uma lesão na região lombar por conta dos estilhaços na hora da invasão.

O Conselho Tutelar informou que a escola acionou o serviço por conta do comportamento e das notas dos adolescentes e acompanham essa família por dois anos e nunca identificaram qualquer problema disfuncional entre eles.

Ainda segundo a equipe do Conselho, toda vez que a mãe era solicitada para alguma conversa ou orientação ela comparecia, pois sempre estava zelosa com os filhos.

A mãe dos adolescentes esteve no Pronto Atendimento Municipal e ao deixar a instituição não quis falar com a imprensa.

 

"ELE NÃO DAVA A ENTENDER QUE LIBERARIA AS CRIANÇAS", DIZ CAPITÃO DO COE

O trabalho de negociação com o homem, de 39 anos, que manteve os dois enteados como reféns em Cafelândia foi cauteloso e demandou esforço, empenho e dedicação por parte das forças policiais, especialmente dos negociadores do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) na tentativa de trazer um desfecho positivo para a situação.

Foram cerca de 30 horas de negociações e durante todo o tempo o homem se manteve irredutível, com picos de agressividade e oscilação de humor, segundo os negociadores.

Conforme o capitão Floresvaldo Damaceno, do Comando e Operações Especiais (COE), do BOPE, que trabalhou diretamente com a negociações, em diversos momentos se percebia regressão no processo de negociação. "Em alguns momentos ele parecia que ia entregar as crianças, mas em outros não", destaca o capitão.

 




Fonte: CATVE E G1 PARANÁ
Fotos: CATVE E G1 PARANÁ

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Postado por: Adelino

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