A polícia civil de Pato Branco está investigando a atuação de um elemento que teria se apresentado para várias adolescentes como fotógrafo, representante de empresas e que estaria selecionando modelos para tais empresas. Com este ardil, este elemento teria convencido diversas adolescentes a ir a um apartamento onde ele dizia ser um estúdio fotográfico, e, iludindo as meninas, dizendo a elas que se tornariam modelos, as convencia a serem fotografadas nuas.

A primeira denúncia contra o “fotógrafo” foi feita por uma jovem de 16 anos, que procurou a Delegacia da Mulher de Pato Branco.

Segundo disse a delegada Franciela Alberton, em entrevista ao repórter Edson Honaiser, da rede celinauta, o homem entrou em contato com a vítima por meio de redes sociais, com a promessa de torna-la modelo, afirmando que via nela grande potencial para ser modelo, garantindo à adolescente que tinha ótimos contatos profissionais nesse ramo.

Assim, ele a atraiu para seu estúdio, um apartamento no bairro Parque do Som, onde inicialmente tirava fotos da adolescente vestida e, em seguida, sob o pretexto de que o lojista para quem ele encaminharia as fotos para a contratação da modelo exigia fotos nuas, ele a convenceu a tirara roupa e posar nua; ele ainda passou óleo corporal na vítima, dizendo que aquilo melhoraria a qualidade das fotos.

Outro agravante, enfatiza doutora Franciela, isso aconteceu sem a presença ou autorização dos pais ou responsáveis pela garota.

A policia civil já fez buscas no local onde o homem usava para fotografar as adolescentes; foram apreendidos diversos equipamentos como: notebooks, câmeras fotográficas e cartões de memória que o acusado ainda tentou ocultar, quando chegou a afirmar que os possuía. A polícia também encontrou quatro frascos de óleo corporal vazios.

A investigação foi acompanhada pelos peritos do instituto de criminalística, para onde o material será encaminhado para a perícia.

“Não posso afirmar ainda que seja um caso de pedofilia; foi instaurado um inquérito policial para apurar dois crimes previstos no estatuto da criança e do adolescente: fotografar criança ou adolescente em cena pornográfica, e manter esse material armazenado”, diz doutor Franciela. 

A delegada fez um apelo para que outras adolescentes que possam ter sido vitimas do sujeito, procurarem a delegacia para formalizar a denúncia.

A delegada informou que ele já se apresentou à policia na tarde desta quinta-feira (30/1/20), acompanhado de advogado, mas não quis fazer nenhuma declaração a autoridade policial, reservando-se ao direito de ficar em silêncio.

Investigações apontam que o “fotógrafo” moraria há dois anos, em Pato Branco.

 

 

Fonte: Adelino Guimarães com Edson Honaiser
Fotos: Arquivo RADIO VOZ