Consórcio Caminhos do Sudoeste apresentou estudo de concessão que prevê 6 praças de pedágios em 285 km da rodovia com valores entre R$ 5,50 e R$ 6,65
Uma reunião pública na tarde da última sexta-feira (15) na sede da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) deu início as discussões com a comunidade regional para implantar o projeto de concessão para a modernização do Corredor Sudoeste, trecho de 285 quilômetros entre Palmas e Realeza. A iniciativa do encontro foi do governo do Estado, com apoio da Assembleia Legislativa e Amsop, em convocar as lideranças e comunidade regional para acompanhar a apresentação prévia do estudo de modernização do percurso.
O encontro oportunizou o primeiro contato das lideranças com o que está sendo proposto pelo estudo e abre as discussões para embasar as próximas audiência públicas que serão agendadas pela região. Somente após a aprovação da proposta e ajustes considerados é que o processo poderá ter seguimento até chegar a licitação do projeto, para posterior aplicação. A concessão tem previsão de exploração de 25 anos.
Participaram das discussões o secretário-chefe da Casa Civil Valdir Rossoni, o presidente da Assembleia Legislativa deputado Ademar Traiano, os deputados Guto Silva, Wilmar Reichembach, Paulo Litro, e os secretários de Estado Cesar Silvestre e Antonio Carlos Boneti. Também acompanharam o debate a promotora do Ministério Público do Estado do Paraná Maria Fernanda, além dos prefeitos do Sudoeste representados pelo presidente da Amsop, prefeito de Marmeleiro Luiz Bandeira, os prefeitos de Francisco Beltrão Cantelmo Neto, e de Pato Branco Augustinho Zucchi, além de representantes de entidades, instituições e órgãos de Estado.
A audiência De acordo com Rossoni e Traiano a reunião foi realizada para que as lideranças tenham contato com o estudo e identifiquem se querem dar prosseguimento a proposta da concessão. “Estamos aqui com o compromisso de deixar absolutamente claro que o projeto só terá prosseguimento se a comunidade aprovar. Se houver aceitação continua, caso contrário para tudo”, frisou Rossoni. Traiano reafirmou sua preocupação com a melhoria do trecho e reiterou a necessidade da transparência. “Precisamos entender bem a proposta para termos ciência dos passos que serão dados e por isso tudo será feito as claras. O governador exigiu que tudo seja feito com o consentimento da comunidade regional e com os tramites necessários”, disse o presidente da Assembleia. Os demais deputados enalteceram o estudo e a real necessidade da recuperação, assim com os prefeitos que discursaram.
O presidente da Amsop comentou a importância dos debates e diz ser favorável a concessão, desde que seja em benefício da região com tarifas acessíveis. “Essa foi uma primeira discussão e muitas outras audiências vem pela frente, e isso é bom para que a região saiba o que vai acontecer. Infelizmente não vejo outra forma de modernizar esse trecho se não for por concessão. Vamos discutir a melhor forma que possa favorecer não só os municípios envolvidos, mas todo o Sudoeste”, disse Bandeira.
O estudo
O estudo foi apresentado pelo representante do consórcio Caminhos do Sudoeste Carlos Rego, que será o interlocutor entre governo, comunidade regional e as empresas que formam o consórcio. Segundo ele, o material é um espelho de como deverá ficar o projeto, e exibiu vídeo e transparência como deverá ser feita a modernização do Corredor Sudoeste. O levantamento foi custeado pelo consórcio e quem vencer a licitação da concessão terá que arcar com esse ônus.
Entre os destaques que chamou atenção das lideranças e gerou questionamentos de empresários e representantes de entidades, está a inexistência de duplicação – salvo no perímetro urbano de Realeza e Vitorino-, implantação de terceira faixa em pelo menos 60% do trecho, construção de seis praças de tarifa (Realeza, Ampere, Francisco Beltrão, Baulândia – Renascença – Clevelândia e Palmas), e o valor sugerido da tarifa. Outra proposta incluída que vai gerar muito debate é previsão do contorno em Marmeleiro, partindo da linha Itaiba até a Água Branca (6,5 km). Boa parte dos comerciantes é contra pois vai reduzir o movimento no centro da cidade.
Obra
O valor estimado para o investimento é de aproximadamente R$ 3,3 bilhões e iniciaria com recuperação total do trecho em até 24 meses, e na sequência acontece a implantação das terceiras faixas, contornos, pontes, viadutos e demais obras. Está previsto a construção de marginais em Francisco Beltrão, Vitorino e Pato Branco, construção e readequação de 8 trevos e viadutos, e instalação de pelo menos 117 pontos de ônibus. Prevê ainda serviço de socorro e monitoramento por câmera em todo trecho.
Mesmo com dificuldade para defender um valor especifico, pois isso só poderá ser afirmado quando o projeto final será construído, Rego acredita que deva ficar entre R$ 5,50 e R$ 6,65. “Esse valor poderá ficar mais alto ou mais baixo dependendo de uma série de medidas que podem ser tomadas mediante aprovação da comunidade, como questões que envolvem impostos, preços diferenciados, isenções, início da cobrança, e é claro o que se quer fazer a mais em termos de segurança, conformo e agilidade”, citou Rego, frisando inúmeras vezes a preocupação com a transparência em todo processo.
Ele também explicou que qualquer pessoa ou empresa pode fazer outro estudo, mas que o custo é muito elevado e por isso formou-se o consórcio. Também esclareceu, com contribuição de Rossoni e Traiano, que o processo de licitação vai ser aberto e transparente, e que o vencedor assume também o custo do estudo.
O assunto atraiu muitos empresários que se manifestaram, como o empresário ex-vice-prefeito de Pato Branco Daniel Cattani; o industrial Cláudio Petricoski e o diretor da Agência Regional de Desenvolvimento e coordenador do PDRI Célio Boneti, entre outros. Novos questionamentos e discussões vão acontecer nas audiências públicas oficiais que terão as datas amplamente divulgadas
Postado por: Adelino
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