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O possível óbito de uma criança de oito anos, em Pato Branco, no último sábado (10), em decorrência do vírus da gripe influenza H1N1, e de idosos internados em hospitais em estado grave por causa do mesmo vírus, tem colocado a população em alerta.

Segundo o Boletim Epidemiológico da Vigilância da Influenza, emitido semanalmente pela Divisão de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde do Paraná), no período de 31 de maio a 6 de setembro, na microrregião de Pato Branco, houve 11 casos de influenza A H1N1e 3 óbitos; 1 caso e 1 óbito de influenza A H3; e 1 caso e 1 óbito de influenza A não subtipado; totalizando entre os 15 municípios da microrregião 13 casos de influenza e 5 óbitos.

Neste mesmo período em Pato Branco foram notificados 3 casos de influenza A H1N1 e nenhum óbito. Dos demais tipos de influenza não foram notificados nenhum caso e consequentemente nenhum óbito.

O chefe da 7º Regional de Saúde de Pato Branco, Nestor Werner Júnior, explicou que possivelmente houve suspeita dos médicos sobre o caso do menino, mas que provavelmente exames foram encaminhados ao Lacen/PR (Laboratório Central do Estado do Paraná), considerado laboratório de referência, para confirmação. Somente após a indicação positiva para H1N1 é que o caso será notificado como óbito relacionado ao vírus.

De acordo com a Sesa, a vigilância da influenza e dos outros vírus respiratórios é realizada pela vigilância universal dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos internados e óbitos, e pela vigilância sentinela, composta por uma rede de 50 unidades sentinelas (US). São 23 US de Síndrome Gripal (SG) e 27 US de Síndrome Respiratória Aguda Grave em UTI, que estão distribuídas em 15 Regionais de Saúde (RS) e 18 municípios no Estado.

O objetivo desta vigilância é identificar o comportamento do vírus influenza. Os dados são coletados por meio de formulários padronizados e inseridos nos sistemas on-line Sivep-Gripe (Sistema das Unidades Sentinelas) e Sinan Influenza Web (sistema de todos os internados e óbitos por SRAG). As amostras são coletadas e encaminhadas para análise no Lacen/PR).

Faixa etária

Segundo o último boletim da Sesa, a faixa etária mais acometida referente aos casos e óbitos de SRAG por influenza A H1N1foi acima dos 50 anos, com 38,5% e 66,4% respectivamente. Entre os óbitos por influenza, a mediana de idade foi de 55 anos, variando de 0 a 89 anos, no Paraná. No Brasil, a mediana de idade foi de 53 anos, variando de 0 a 99 anos.

Dos que fizeram uso de antiviral, no Paraná, a mediana foi de 3,5 dias entre o início dos sintomas e o início do tratamento, variando de 0 a 60 dias, e no Brasil, a mediana foi de 4 dias, variando de 0 a 64 dias.

O início do tratamento é recomendado nas primeiras 48 horas e pode ainda ser benéfico se iniciado de quatro a cinco dias após o início do quadro clínico. O tratamento com o antiviral, de maneira precoce, pode reduzir a duração dos sintomas e, principalmente, reduzir a ocorrência de complicações da infecção pelo vírus influenza.

No caso de pacientes gestantes, em qualquer trimestre, com infecção por influenza, o maior benefício em prevenir falência respiratória e óbito foi demonstrado nos casos que receberam tratamento até 72 horas.

Medidas preventivas contra a influência

A Sesa (Secretaria Estadual de Saúde do Paraná) reafirma que a vacinação anual contra influenza é a principal medida utilizada para se prevenir a doença, porque pode ser administrada antes da exposição ao vírus e é capaz de promover imunidade durante o período de circulação sazonal do vírus influenza reduzindo o agravamento da doença.

É recomendada vacinação anual contra influenza para os grupos-alvos definidos pelo Ministério da Saúde, mesmo que já tenham recebido a vacina na temporada anterior, pois se observa queda progressiva na quantidade de anticorpos protetores.

Ainda, outras medidas são: frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento – no caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel a 70°; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza; evitar sair de casa em período de transmissão da doença; evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados); adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos; orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre; buscar atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis com a doença, tais com o aparecimento súbito de calafrios, mal-estar, cefaleia, dor de garganta, prostração e tosse seca. Podem ainda estar presentes sintomas como diarreia, vômito, fadiga, rouquidão e hiperemia conjuntival.




Fonte: Cristina Vargas/Diário do Sudoeste
Fotos: Arquivo



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Postado por: radiovoz

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