Em 2016, a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná intensificou os trabalhos. De janeiro a novembro, foram deflagradas 17 novas etapas e também foram oferecidas 20 denúncias contra inúmeros acusados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os números são superiores a 2014, que teve 8 operações e 17 denúncias, e 2015, com 15 operações e 15 denúncias. Os dados fazem parte de um balanço do ano divulgado pelo MPF. Entre as ações destacadas pelos procuradores, está a primeira ação coordenada entre as forças-tarefas do Paraná e do Rio de Janeiro, que levou à prisão do ex-governador do estado fluminense, Sérgio Cabral, em 17 de novembro.
Também em 2016 aconteceu a maior devolução de recursos já feita pela justiça criminal brasileira para uma vítima. No dia 18 de novembro, foram devolvidos cerca de R$ 204 milhões aos cofres da Petrobras. Os valores foram obtidos através de 21 acordos de colaboração fechados com a força-tarefa, sendo 18 de delação premiada com pessoas físicas e 3 de leniência com pessoas jurídicas. Foi a terceira restituição realizada para a Petrobras no âmbito da operação. No total, o montante já devolvido à estatal chega a aproximadamente R$ 500 milhões.
Em quase três anos de Lava Jato, foram cumpridos 103 mandados de prisão temporária, 79 de prisão preventiva, 730 de busca e apreensão e 197 de condução coercitiva. Até o momento, foram fechados 71 acordos de colaboração e sete de leniência, além de 120 pedidos de cooperação internacional. As investigações geraram 56 denúncias contra 259 pessoas. Em 24 das ações penais já houve sentença. As penas somadas chegam a 1.267 anos de prisão. O MPF estima que os desvios na Petrobras passem de R$ 6,4 bilhões, com prejuízos superiores a R$ 40 bilhões.
Postado por: radiovoz
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