Presos expõem corpos no telhado na PEC

Ao menos dois corpos são vistos no telhado na Penitenciária Estadual de Cascavel. As imagens foram feitas na manhã desta sexta-feira (10) pelo fotógrafo Ailton Santos. Os presos permanecem muito agitados no telhado da PEC e não há previsão para o fim da rebelião que já dura mais de 18 horas.

Três agentes foram feitos reféns pelos presos e um deles foi liberado ainda na noite de ontem. Ele sofreu ferimentos graves, mas não corre o risco de morrer.

Com a imagem dos corpos no telhado, já se pode confirmar ao menos duas mortes dentro da PEC. Apenas um dos presos foi identificado oficialmente como   Thiago Gomes de Souza. Ele tinha extensa ficha criminal e há poucos dias pediu para a justiça a transferência para a PIC, por estar "jurado de morte".

Como os presos descumpriram um acordo feito ontem, de entregar os reféns nesta manhã, há a possibilidade da polícia invadir a penitenciária e acabar com a rebelião.

Desde o começo da rebelião cerca de 150 presos foram transferidos para a Penitenciária Industrial de Cascavel (PIC) e para a carceragem da 15ª SDP.

Rebelados jogam corpos de cima da PEC

O número de mortos dentro do presídio ainda não foi informado

Imagens captadas pela CATVE nesta manhã mostram presos rebelados jogando corpos de cima do telhado da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC).

O número oficial de mortos não foi confirmado até o momento. Após jogarem o corpo eles comemoram.

Ontem (9) quando o motim começou fotos e vídeos mostraram um detento decapitado, porém há informações extraoficiais de que o número de assassinatos dentro da unidade é maior.

A rebelião começou na tarde de quinta-feira por volta de 15h30. Três agentes foram feitos reféns sendo que um já foi liberado com ferimentos leves.

O secretário de Estado de Segurança Pública, Wagner Mesquita, afirmou que a causa da rebelião na PEC é uma guerra de facções criminosas.

"A nossa análise preliminar é que trata-se de ação do crime organização", afirmou Mesquita,

Ele confirmou a identidade do preso que foi morto na rebelião. Trata-se de Thiago Gomes de Souza.

De acordo com Mesquita, ele é um ex-integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) que passou a integrar a facção Máfia Paranaense. A morte dele simboliza essa guerra de facções.

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