O achado de dois corpos esquartejados em Novo Hamburgo, em setembro do ano passado, foi apenas o começo de uma história com vários capítulos. Dias depois após a localização, o resultado de um exame de DNA apontou que os restos mortais eram de duas crianças, filhas de pais diferentes. A análise também mostrou que uma das vítimas estava alcoolizada, o que levou a polícia suspeitar de um ritual.
Três pessoas foram presas dentro da investigação sobre a morte de duas crianças, que tiveram partes de seus corpos encontrados em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em setembro de 2017. Conforme a Polícia Civil, um deles é líder de um templo satânico no Rio Grande do Sul.
As prisões ocorreram no último dia 27 de dezembro, mas só foram divulgadas nesta quarta-feira (3).
"No momento a Polícia Civil está em diligências e, assim que houver novas informações sobre o caso, será feita uma coletiva de imprensa", relatou o delegado regional Rosalino Seara.
De acordo com o delegado, havia pelo menos duas linhas de investigação: uma sobre tráfico de pessoas e outra sobre ritual macabro. Em relação à última, ele ressalta que foram encontrados vários indícios, e a polícia ainda conseguiu confirmar a existência do templo.
O caso começou a ser investigado quando foram encontrados dois corpos esquartejados, em 4 de setembro de 2017, em um matagal na cidade. Uma pessoa que passava pela Rua Porto das Tranqueiras, no bairro Lomba Grande, desconfiou de sacos plásticos e caixas de papelão e acionou a polícia.
Inicialmente, a polícia acreditou que os corpos eram de uma mulher e de uma criança. No entanto, a perícia constatou que se tratavam de duas crianças, que teriam entre 8 e 12 anos, o que dificultou a identificação, pela falta de registro das digitais.
Na manhã do dia 18, mais partes de corpos foram encontradas no bairro Lomba Grande, a cerca de 500 metros de onde estavam as crianças esquartejadas.
A polícia acredita que a mãe das duas crianças encontradas esquartejadas também estaria morta. A suspeita ocorre uma vez que até esta data nenhum familiar informou a falta das crianças. A perícia apontou ainda que uma das vítimas estava alcoolizada (15 decigramas por litro de sangue), o que intrigou os investigadores.
Na época, a polícia já suspeitava que as mortes poderiam ter relação com um ritual de magia, devido à presença de álcool no corpo. Além dessa hipótese, a polícia trabalha com outras linhas de investigação: como crime passional, vingança ou mesmo um crime relacionado a grupos criminosos.
Postado por: Adelino
Policial
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