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Uma desavença de família terminou com três pessoas mortas. Um policial militar atirou contra duas pessoas e se matou em seguida, na noite de sexta-feira (7), em Colombo.

Os envolvidos estavam em uma casa na rua Darwin, bairro Atuba. De acordo com as primeiras informações, o PM Willian Moreira de Almeida, de 29 anos, se desentendeu com seu primo. Durante a briga, ele teria atirado contra o rapaz, mas acertou a cabeça de sua namorada, que tentava separar os dois. Após atirar contra a cabeça da mulher, ele atirou contra a cabeça de seu primo e então contra a própria cabeça.

O primo do policial morreu no local. Almeida foi socorrido e levado ao Hospital Evangélico e morreu durante a madrugada de sábado (8). A namorada do policial também morreu após dar entrada no Hospital Cajuru.

Em nota, o 22º Batalhão da Polícia Militar informou que um inquérito policial militar será aberto para "apurar todas as circunstâncias e informações da ocorrência". "Neste momento, a PM se reserva a não apontar uma versão do fato ou emitir juízo de valor sobre o que ocorreu para não prejudicar o andamento do Inquérito, que deverá apontar os fatos", informou a corporação.

De acordo com a PM, a arma usada na situação é uma pistola .40 que pertence à Polícia Militar e foi recolhida para a realização de exames. Willian Moreira de Almeida ingressou na PM em 2016 e estava de folga no momento da ocorrência.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO 22° BATALHÃO SOBRE MORTE  DE POLICIAL MILITAR E FAMILIARES EM COLOMBO - 08.09.2018

Sobre o ocorrido na noite de sexta-feira (07/09), por volta de 23h15, em Colombo (PR), que resultou na morte de três pessoas (um policial militar, sua esposa e o primo dela), o 22° Batalhão de Polícia Militar, no qual o militar estadual era lotado, vai abrir um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar todas as circunstâncias e informações da ocorrência. Neste momento, a PM se reserva a não apontar uma versão do fato ou emitir juízo de valor sobre o que ocorreu para não prejudicar o andamento do Inquérito, que deverá apontar os fatos.

A arma do policial (pistola .40), a qual pertence à PM, foi recolhida para a perícia e os devidos exames, como já é de praxe em situações de emprego de armamento da Corporação. Paralelamente ao inquérito da PM, a Polícia Civil também fará a devida investigação, pois a ocorrência envolve duas pessoas civis. O militar estadual, que ingressou na PM em 2016, tinha 30 anos, estava de folga no momento da ocorrência e, atualmente, atuava na Companhia de Almirante Tamandaré.

A Polícia Militar lamenta o ocorrido e se solidariza com as famílias que perderam seus entes queridos, e buscará, pelos meios administrativos e jurídicos de sua competência, a completa análise dos fatos com equidade e transparência que ele assim exige. O 22° Batalhão de Polícia Militar está dando apoio aos familiares de todos.

 

PM que se matou depois de matar namorada e primo ficou afastado por nove meses, diz associação

O policial militar Willian Moreira de Almeida, de 29 anos, que se matou depois de matar a namorada e o primo, tinha voltado a trabalhar havia três dias, após ficar nove meses afastado por depressão, segundo a Associação de Praças do Estado do Paraná (Apra), que representa os soldados da Polícia Militar (PM).

William estava em uma reunião de família e, durante um bate-boca, por volta das 23h de sexta-feira (7), ele usou a arma da PM para atirar contra o primo e a namorada. Denis Donizete do Nascimento, de 30 anos, morreu na hora. Kátia Juliana Marques, de 25 anos, e Willian chegaram a ser levados para o hospital, mas não resistiram.

Segundo a Apra, Willian fazia parte do 22º Batalhão da PM de Colombo e, nesta semana, tinha recebido ordem do Comando para voltar ao trabalho. Na última terça-feira (4) ele tinha recebido a arma da corporação, conforme a associação.

Willian não é o único policial afastado por problemas psiquiátricos que foi obrigado a voltar ao trabalho. Dois policiais, que preferem não ser identificados, também receberam o mesmo comunicado, que determina a volta imediata ao trabalho para cumprir serviços administrativos. Em caso de descumprimento, o PM pode responder criminalmente.

 “A apresentação de novo atestado médico não o isenta de eventual responsabilização criminal ou administrativa, vez que precisa ser submetida a avaliação regular da Junta Médica da PMPR”, diz um trecho do documento.

Um deles estava afastado por indicação do médico psiquiatra. Ele afirma que há quinze dias apresentou um novo atestado, que mantinha o afastamento. Mas a junta médica da PM constatou o contrário.

“Meu médico, que me acompanha há um ano e meio, me afastou todo este tempo, eles em um minuto conseguiram me dar o diagnóstico que eu estou 100% apto para trabalhar”, disse.

O soldado voltou ao trabalho nesta semana e se diz sem nenhuma condição de usar a arma da PM.

“Eu estou até hoje aceso... Eu estou com raiva. Na verdade eu tenho vontade de fazer loucura quando eu estou dentro do ambiente militar”, afirmou.

Situação muito parecida com a de outro policial, que também foi obrigado a voltar ao trabalho.

“Por causa do estresse, do estado psicológico ainda, né? Que não... realmente não estou bem ainda", contou.

De acordo com a Corregedoria da PM, dos 16 mil policiais militares do estado, 4,8 mil estão afastados por problemas médicos, a maior parte, psiquiátricos.

Para a Apra, trazer esses profissionais de volta ao trabalho, sem a comprovação de que estejam totalmente recuperados, pode ser um risco à segurança pública.

“Isso é uma criminalização da saúde. Nossos policiais eles são cidadãos e eles têm direito à saúde. Então não é possível que as autoridades constituídas elas não parem e olhem para essa situação. Quantos mais precisam morrer para que alguém faça alguma coisa nesse sentido?”, questionou Vanessa Fontana, consultora da Apra.

Para os policiais, tão essencial quanto à farda, é o preparo psicológico para garantir a segurança de todos.

“Sem eu conseguir raciocinar, sem eu controlar o estresse, como eu vou exercer a função?”, indagou um dos policiais que não quis ser identificado.

Já o outro afirma que os policiais precisam estar bem preparados.

“Dando uma arma, ou obrigando o policial a trabalhar, quando o policial já não está bem, que o médico mesmo afastou.. é... acontecem tragédias”, pontuou.

 




Fonte: G1 PARANÁ
Fotos: BANDA B



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Postado por: Adelino

Policial

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