O governo federal não corrigiu a tabela do Imposto de Renda pela inflação oficial de 2018, e com isso mais brasileiros pagarão o tributo em 2019 relativo aos ganhos do ano passado.
Para o IR 2019, o limite de isenção foi mantido em R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis durante o ano de 2018.
Isso significa que os contribuintes que estavam próximos ao limite de isenção e tiveram os salários corrigidos pela inflação oficial do ano passado, de 3,75%, passam a pagar o imposto em 2019, mesmo sem terem tido ganho real em seus rendimentos.
Os limites de deduções também não foram corrigidos. No ano passado o limite de dedução por dependente para educação era de R$ 3.561,50.
A expectativa da Receita Federal nesse ano é de receber 30,5 milhões de declarações. No ano passado, foram 29,2 milhões.
A última vez em que houve atualização da tabela do IR foi em 2015. O Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal) estima que a maneira como a Receita calcula a tributação das pessoas físicas apresente uma defasagem de 95,46% desde 1996.O motivo é exatamente o não repasse da inflação em todos os anos.
De acordo com o DOU (Diário Oficial da União) desta sexta, a declaração do IR, ano-base 2018, deve ser apresentada de 7 de março até 30 de abril, pela internet, e é obrigatória para os contribuintes que receberam a soma superior a R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis durante o ano de 2018.
Os contribuintes que enviam a declaração logo no início do prazo — desde que não tenha erros, omissões ou inconsistência — recebem a restituição mais cedo. Idosos, portadores de doenças graves, deficientes físicos ou mentais têm prioridade e, caso tenham direito à restituição, recebem no primeiro lote.
Postado por: radiovoz
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