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O homem suspeito de ter matado a filha, que era terapeuta ocupacional, agiu em momento de um "ataque de raiva" motivado por uma desavença sobre o valor da pensão da irmã mais nova da vítima, de acordo o delegado de Piraquara e responsável pela investigação, Reinaldo Zequinão.

O corpo de Aline Miotto Nadolny foi encontrado ao lado da Colônia Penal Agrícola em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 6 de junho. Nesta sexta-feira (14), o delegado deu detalhes sobre o caso.

"A motivação seria um desacordo que ele mantinha com a mãe da vítima sobre o valor de uma pensão de uma irmã menor da vítima. Ele foi atrás dela para que ela intermediasse uma redução dessa pensão", disse o delegado.

O crime foi motivado por Aline ter se negado a ajudar o pai, que queria que ela conversasse com a ex-esposa, mãe da terapeuta, para diminuir o valor de uma pensão paga a outra filha mais nova deles. “Havia um desacordo dele com a mãe da vítima, sobre o valor de uma pensão para uma irmã menor. Ela se negou a ajudar e falar com a mãe e, em razão disso, o suspeito alega que teve um rompante de ódio e a atacou”, descreveu, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (14), o delegado Reinaldo Zequinão, da Delegacia de Piraquara.

De acordo com o delegado, câmeras de segurança foram importantes para se chegar até o pai como autor do crime. “Não foi um assassinato premeditado, ele tinha a intenção de conversar com a filha, quando dentro do carro aconteceu isso. Então, para chegar a autoria, foi necessário um trabalho minucioso. Uma denúncia anônima e imagens de câmeras de segurança foram fundamentais para levantarmos o carro usado, um Sandero vermelho. Como entre os familiares dela, a esposa do pai tinha o veículo, conseguimos descobrir o que tinha acontecido”, destacou.

Confissão

Trabalhando diretamente nas investigações, o superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, disse que o pai, ao ser ouvido na delegacia, imediatamente confessou o crime. “Após o terceiro dia de investigação, suspeitamos do pai, porque no começo até investigamos o marido. Ao ser ouvido, Luiz Carlos imediatamente confessou o assassinato e demonstrou muito arrependimento. Afirmou que não sabia o que fazer com o corpo e veio até Piraquara para desovar”, descreveu.

Segundo Job, o pai foi para casa normalmente após o crime. “Não contou para ninguém o que aconteceu e inclusive ligou para a ex-mulher, que disse que a Aline estava linda no caixão. A ficha acabou caindo alguns dias depois, quando decidiu cooperar e confessar o crime”, relatou o superintendente, confirmando que a filha se declarou ao pai enquanto era morta. “Dizia que amava ele. Os dois não se viam pessoalmente há três anos, mas não tinham problemas de relacionamento até então”, concluiu.

Luiz Carlos Nadolny foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, na quinta-feira (13), quando também prestou depoimento e confessou o crime.

"Já no primeiro momento que o pessoal da investigação o abordou, ele já confessou. Admitiu a participação no crime, na autoria do crime. No interrogatório formal, também confessou", contou o delegado.

Esganadura

O suspeito, de 48 anos, relatou à Polícia Civil que esganou a filha e que a jovem, conforme o delegado, desfaleceu e morreu dentro do carro. O Instituto Médico-Legal (IML) já tinha apontado que causa da morte de Aline foi esganadura.

O superintendente da Delegacia de Piraquara, Job de Freitas, contou que Luiz Carlos Nadolny costumava ter um bom relacionamento com a filha, mas que fazia três anos que eles não se encontravam.

"Quando ele estava matando, a menina falava: 'pai, eu te amo'", contou o superintendente.

A polícia chegou até Luiz Carlos Nadolny após identificar o veículo, com a ajuda de câmeras de segurança. De acordo com o delegado, o carro pertence à esposa do suspeito. Houve também denúncia anônima.

"Se mostrou arrependido", afirmou o delegado sobre o suspeito. Apesar de Luiz Carlos Nadolny estar preso, o delegado disse que a investigação continua para que o caso seja totalmente esclarecido.

No dia em que o corpo de Aline foi encontrado, a Polícia Civil havia informado que o marido dela que tinha o achado. Porém, nesta sexta-feira, o delegado disse que, na verdade, moradores da região que encontraram o corpo em um matagal ao lado do presídio.

O desaparecimento

Em 6 de junho, Aline saiu a pé, e a quase dez quadras do apartamento onde morava, o sinal do celular dela parou de funcionar. Segundo a polícia, isso aconteceu por volta das 6h.

Nove horas depois, o corpo da jovem foi encontrado no matagal, cuja distância é de 22 km de onde o celular dela parou de dar sinal.

O companheiro de Aline prestou mais de três horas depoimento no sábado (8). Ele disse que percebeu que havia algo errado quando ele mandou mensagem para a mulher e, horas depois, ela ainda não havia respondido.

O companheiro ainda disse que ligou para o lugar onde ela trabalhava e foi informado que ela não tinha ido trabalhar. Durante as investigações, a polícia apreendeu o computador e o celular dele.




Fonte: G1 PR E BANDA B
Fotos: Policia Civil do Paraná



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Postado por: Adelino

Policial

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