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Durante a terça-feira (8), um morador do bairro Amadori, em Pato Branco, encontrou, em seu terreno, enquanto cortava a grama e limpava o lote, nove filhotes de cobra e dois ovos. Dentro da residência também foi localizada mais um animal.

O ninho, onde foram encontradas a maioria das cobras estava em um tronco de um pé de abacate. “Faz um mês que moro aqui e, como o terreno estava muito sujo, comecei a limpar o pátio. Levei um susto quando encontrei o ninho e algumas cobras andando pela grama”, contou, Bruno Oliveira.

O proprietário do imóvel contou que, enquanto morava na residência nunca encontrou nenhuma cobra no local, assim como também não ouviu de seus inquilinos anteriores sobre a presença de animal peçonhento. Para os donos da casa, o terreno baldio, situado nos fundos da residência, está muito sujo e pode ser a causa da presença dos animais. “É uma quadra inteira de mato. Sempre foi sujo até mesmo quando eu morava na casa”, falou.

Para uma moradora da casa vizinha, o terreno também foi apontado como sendo a causa para a proliferação dos animais peçonhentos. “Faz 14 anos que moramos aqui e, eu acho que, em média o lote é limpado uma vez a cada três anos”, conta a moradora lembrando que já encontrou em seu pátio mais de dez escorpiões.

Segundo informação do município, o terreno que fica atrás das casas, situado na esquina entre as ruas Valdemar Ferraz e Pedro Ramires de Mello é de propriedade particular.

De acordo com o biólogo da 7ª Regional de Saúde – setor de Saneamento e Vigilância Sanitária de Pato Branco, Miguel Rotelok, as cobras (de espécie não identificada) encontradas pelo morador do bairro Amadori não são venenosas, pois, segundo ele, a principal cobra venenosa da região é a Jararaca, que apresenta algumas características, como padrão de cores e formato da cabeça, diferente da visualizada ontem.

“Nenhuma das cobras que temos aqui na região, que são venenosas, tem a cabeça arredondada. Ou seja, cobras de cabeça arredondada não são venenosas e servem como controle populacional dos ratos”, esclarece.

Como as cobras encontradas ontem são filhotes deve haver por perto do ninho a cobra mãe, que segundo Rotelok deve medir aproximadamente um metro e meio. “Não é uma cobra grossa e não mataria um humano por constrição [método de abate de presas usado por vários espécies de serpentes]. Ela não tem peçonha e poderia matar somente ratos”.

O biólogo alerta que, mesmo com a presença de uma cobra não venenosa pode vir a ter no locar uma cobra venenosa, pois, como ele aponta, se tem ratos as cobras aparecem.

Não é só a presença do terreno sujo que atrai esses animais, segundo Rotelok, é muito comum ter ratos em locais onde se armazena grãos e rações. “Quem tem cachorro grande geralmente tem saco de ração e deixa guardado em algum local ali perto do canil. E ali, geralmente, se dá a proliferação de ratos”.

Ele também conta que a presença de madeira nos locais serve como toca para os ratos. “Mas, o animal não precisa só de local, ele também precisa do alimento. Com a presença de rato as cobras fazem um ninho próximo, onde encontram um ambiente ideal para elas”, conta frisando que, “não pode simplesmente eliminar a cobra e deixar o rato, que é a comida dela, porque isso pode gerar um problema de praga grande na região”.

As orientações de Rotelok à população, sobre como proceder ao encontrar um animal peçonhento, são para que, seja comunicado o órgão ambiental do município, como Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para que possam realocar os animais em algum outro lugar de preservação ambiental. “Além disso, sempre manter o local limpo, sem entulhos e locais que possam server de abrigo. Também ficar atento a alimentos que podem server de comida para os animais”, explica orientando que também seria necessário uma campanha entre os moradores da região para limpar seus terrenos, evitando a proliferação tanto de ratos como animais peçonhentos.




Fonte: Diário do Sudoeste
Fotos: Helmutk Külh



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Postado por: radiovoz

Sudoeste

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