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O número de assaltos a ônibus nas estradas do Paraná chegou a 44 em 2019, segundo um levantamento das polícias rodoviárias Federal e Estadual. Desde o início de 2020, foram registrados 13 casos, sendo nove nas rodovias federais e quatro estaduais, conforme os policiais.

Um deles foi em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, na BR-116. O trecho é o principal caminho utilizado pelos ônibus, que todos os dias partem do Sul do país para São Paulo. Na maior parte dos casos, os passageiros viajam para fazer compras na Rua 25 de março ou na região do Brás. Segundo a polícia, muitos dos passageiros viajam com dinheiro vivo e acabam chamando a atenção dos criminosos. Os passageiros ficaram desesperados com os tiros.

"Eles estavam muito agressivos, estavam dando tiros dentro do ônibus e agredindo as pessoas. Inclusive, eles me deram chutes. Foi horrível", disse uma das passageiras, que preferiu não se identificar.

A maioria dos roubos é feita durante a noite, em trechos de subida, com muitas curvas, quando o motorista é obrigado a reduzir a velocidade. O risco é maior quando os ônibus cruzam a divisa de Santa Catarina e entram no Paraná, entre a BR-376 e BR-116. São quilômetros com pouca iluminação e sem bases de apoio da concessionaria ou da polícia. No trajeto não tem sinal de telefonia. Nas chamadas áreas de sombra, celulares e rastreadores não funcionam. Todos esses fatores tornam a viagem extremamente perigosa.

CASOS

Três suspeitos morreram em uma tentativa de assalto a um ônibus na BR-116, em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, em 12 de fevereiro deste ano. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), um passageiro estava armado e reagiu atirando.

A polícia informou que dois dos suspeitos morreram baleados e um terceiro homem morreu após pular da janela do ônibus e ser atropelado por um caminhão. A situação aconteceu por volta das 2h na altura do km 35 da rodovia. O ônibus, com 45 passageiros, seguia de São Paulo para Brusque, em Santa Catarina. Uma passageira de 62 anos foi atingida de raspão por um tiro e foi socorrida pela concessionária que administra o trecho. Ela foi encaminhada para o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, onde passou por uma cirurgia para retirar os estilhaços. De acordo com o hospital, ela está em estado estável.

O passageiro que reagiu estava armado com uma pistola .380. Segundo a Polícia Civil, ele tinha porte de arma na modalidade de colecionador, atirador e caçador. "O risco é muito grande, essa ação não é recomendada. Pode acarretar na morte de pessoas inocentes e isso não vale a pena de maneira nenhuma", explicou o delegado Luiz Carlos Oliveira.

A Viação Catarinense afirmou que não sabia que havia um homem armado dentro do ônibus, que ele era um cliente e não um segurança contratado.

A Polícia Civil informou que ele foi encaminhado para ser ouvido na Delegacia de Campina Grande do Sul, mas foi liberado porque, segundo a polícia, agiu em legítima defesa.

De acordo com a PRF, os três homens que morreram saíram de um carro branco que fechou o ônibus durante a viagem. Um quarto suspeito também participou do assalto conseguiu fugir.

Os ataques não acontecem só a noite. Outro caso ocorreu na BR-376, em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, durante a tarde de 9 de fevereiro. Homens armados com um fuzil e pistolas assaltaram um ônibus de turismo.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o roubo aconteceu na altura do km 652, no sentido Curitiba da estrada. O ônibus, com 29 passageiros, saiu de Uruguaiana (RS) e seguia para São Paulo.

Segundo a polícia, os assaltantes dispararam uma rajada de tiros na lateral do ônibus para forçar a parada do veículo.

A PRF informou que três homens entraram no ônibus e roubaram o dinheiro dos passageiros. Os passageiros contaram à polícia que, durante o assalto, os assaltantes foram violentos e dispararam contra o teto e o para-brisa para intimidar as vítimas.

Três passageiros foram feridos com coronhadas na cabeça, segundo a PRF. Os homens fugiram do local em um carro. Momentos depois, os policiais encontraram o veículo em chamas em uma estrada rural da região. Ninguém foi preso.

Por meio de nota, a Arteris, concessionária responsável pelo trecho com o maior número de assaltos, disse que investe na iluminação e na instalação de novas câmeras. Além disso, informou que vem buscando a implantação de novas torres de telecomunicações.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) disse que desenvolve diversas ações nas rodovias estaduais para coibir os crimes.

 




Fonte: G1 PARANÁ
Fotos: PRF - Policia Rodoviária Federal

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Postado por: Adelino

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